Alvinocarididae

Como ler uma infocaixa de taxonomiaAlvinocarididae
Ocorrência: Jurássico–Recente
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Alvinocaris sp.
Alvinocaris sp.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Classe: Malacostraca
Ordem: Decapoda
Infraordem: Caridea
Superfamília: Bresilioidea
Família: Alvinocarididae
Christoffersen, 1986
Géneros
  • Alvinocaris Williams & Chace, 1982
  • Chorocaris Martin & Hessler, 1990
  • Harthofia Polz, 2007
  • Mirocaris Vereshchaka, 1996
  • Nautilocaris Komai & Segonzac, 2004
  • Opaepele Williams & Dobbs, 1995
  • Rimicaris Williams & Rona, 1986
  • Shinkaicaris Komai & Segonzac, 2005

Alvinocarididae Christoffersen in 1986 é uma família de camarões, originalmente descrita por M. L. Christoffersen em 1986 a partir de amostras recolhidas pelo DSV Alvin, do qual o seu nome foi derivado. Os camarões da família Alvinocarididae habitam em geral campos hidrotermais de grande profundidade e em áreas onde haja emanação fria de hidrocarbonetos a partir dos fundos marinhos. As espécies pertencentes a esta família apresentam pigmentos carotenoides nos seu corpos.

A família Alvinocarididae compreende pelo menos 7 géneros extantes.

Taxonomia

  • Género Alvinocaris
    • Alvinocaris alexander Ahyong, 2009Oceano Pacífico Sul, Dorsal de Kermadec, monte submarino Rumble V (em profundidades entre 367 m e 520 m) e na Brothers Caldera (em campos hidrotermais a profundidades de 1196 m a 1346 m). A. alexander é muito semelhante a A. williamsi, espécie encontrada no Campo Hidrotermal Menez Gwen nos Açores;[1]
    • Alvinocaris brevitelsonis Kikuchi & Hashimoto, 2000 – Região ocidental do Oceano Pacífico, região central da Fossa Oceânica de Okinawa 28° 23.35' N 127° 38.38' E, a uma profundidade de 705 m;[2]
    • Alvinocaris dissimilis Komai & Segonzac, 2005 – Região ocidental do Oceano Pacífico, região central da Fossa Oceânica de Okinawa; reconhecido como um dos parátipos de A. brevitelsonis;[2]
    • Alvinocaris komaii Zelnio & Hourdez, 2009 – Região ocidental do Oceano Pacífico e zona leste do Lau Spreading Centre, em fontes hidrotermais situadas a profundidades de 1880 a 2720 m. A. komaii é comum entre colónias dos mexilhões quimioautotróficos Bathymodiolus brevior;[3]
    • Alvinocaris longirostris Kikuchi & Ohta, 1995 – Região ocidental do Oceano Pacífico, região central da Fossa Oceânica de Okinawa, Iheya Ridge, Campo Hidrotermal Clam e Campo Hidrotermal Pyramid, zonas de emanação fria da Baía de Sagami, montes submarinos da da Dorsal de Kermadec ao largo da Nova Zelândia. A localidade tipo do taxon é o Campo Hidrotermal Clam;[2]
    • Alvinocaris lusca Williams & Chace, 1982 – Região oriental do Oceano Pacífico, Dorsal dos Galápagos e fontes hidrotermais do East Pacific Rise entre 9° N e 13º N, a profundidades de 2450 a 2600 m. A localidade tipo é a Dorsal dos Galápagos. A. lusca é a única espécie deste género conhecida no Pacífico leste[2]
    • Alvinocaris markensis Williams, 1988Oceano Atlântico Norte, Campo Hidrotermal Snake Pit, Campo Hidrotermal TAG, Campo Hidrotermal Logatchev, Campo Hidrotermal Broken Spur, todos na Dorsal Médio-Atlântica (MAR). Localidade tipo: Campo Hidrotermal Snake Pit;[2]
    • Alvinocaris methanophila Komai, Shank & Van Dover, 2005 – Noroeste do Oceano Atlântico, Diapiro de Blake Ridge 32° 29.623' N 76° 11.467' O, a uma profundidade de 2155 m; semelhante a A. muricola; aparece associada a bancos de mexilhões;[2]
    • Alvinocaris muricola Williams, 1988 – em emanações frias no Golfo da Guiné e possivelmente no Blake Ridge e no Prisma de Acreção dos Barbados. Localidade tipo: Golfo do México, escarpamento da Flórida ocidental, colhido em emanações salinas frias 26° 01' N 84° 54.61' O, a uma profundidade de 3277 m;[2]
    • Alvinocaris niwa Webber, 2004 – Brothers Caldera e Monte Submarino Rumble V, sul da Dorsal de Kermadec. Localidade tipo: Brothers Caldera;[2]
    • Alvinocaris stactophila Williams 1988 – Golfo do México, emanações frias de hidrocarbonetos de Bush Hill 27° 46.94' N 91° 30.34' O, a uma profundidade de 534 m;[2]
    • Alvinocaris williamsi Shank & Martin, 2003Oceano Atlântico Norte, Dorsal Médio-Atlântica, Campo Hidrotermal Menez Gwen 37° 50.5' N 31° 31.3' O, a uma profundidade de 850 m.[2]
  • Género Chorocaris
  • Género Mirocaris
  • Género Nautilocaris
    • Nautilocaris saintlaurentae Komai & Segonzac, 2004 – Bacia Norte das Fiji, Campo Hidrotermal White Lady 16° 59.50' S 173° 55.47' E, a uma profundidade de 2000 m; a espécie é morfologicamente intermédia entre os géneros Mirocaris e Alvinocaris.[2]
  • Género Opaepele
    • Opaepele loihi Williams & Dobbs, 1995Oceano Pacífico, Monte Submarino Loihi, 18° 55' N 155° 16' O, a uma profundidade de 980 m.[2]
  • Género Rimicaris
    • Rimicaris exoculata Williams & Rona, 1986Oceano Atlântico Norte, Campo Hidrotermal Snake Pit, Campo Hidrotermal TAG, Campo Hidrotermal Broken Spur, Campo Hidrotermal Lucky Strike, Campo Hidrotermal Logatchev e Campo Hidrotermal Rainbow, a profundidades de 1700 a 3650 m. Localidade tipo: Campo Hidrotermal TAG 26° 08.3' N 44° 49.6' O, a profundidades de 3620 a 3650 m. R. exoculata é a espécie mais estudada do grupo, ocorrendo em cardumes activos que podem atingir uma densidade de 2500 indivíduos por metro quadrado. Ocorre nas paredes de chaminés de fontes hidrotermais com temperaturas de 15 °C a 30 °C;[2][4]
    • Rimicaris kairei Watabe & Hashimoto, 2002Oceano Índico, Dorsal Central do Índico, Campo Hidrotermal Kairei 25° 19.16' S 70° 02.40' E, a uma profundidade de 2424 m; também encontrada no Campo Hidrotermal Edmonds, 160 km a NNW do Campo Hidrotermal Kairei.[2]
  • Género Shinkaicaris
    • Rimicaris hybisiae Connelly, D. P. et al., 2012 - Mar do Caribe, Fossa Cayman, Von Damm Vent Field 18° 22.66' N 81° 47.83' O e Beebe Vent Field 18° 32.8' N 81° 43.1' O , com mais de 2.000 indivíduos por metro quadrado e pelo menos 140 °C.[5]
    • Shinkaicaris leurokolos Kikuchi & Hashimoto, 2000 – Região oeste do Oceano Pacífico, zona central da Fossa Oceânica de Okinawa, Campo Hidrotermal Minami-Ensei Knoll 28° 23.35' N 127° 38.38' E, a uma profundidade de 705 m.[2]

Referências

  1. Shane T. Ahyong (2009). «New species and new records of hydrothermal vent shrimps from New Zealand (Caridea: Alvinocarididae, Hippolytidae)». Crustaceana. 82 (7): 775–794. doi:10.1163/156854009X427333 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s Joel W. Martin & Todd A. Haney (2005). «Decapod crustaceans from hydrothermal vents and cold seeps: a review through 2005» (PDF). Zoological Journal of the Linnean Society. 145 (4). pp. 445–522. doi:10.1111/j.1096-3642.2005.00178.x 
  3. Kevin A. Zelnio & Stéphane Hourdez (2009). «A new species of Alvinocaris (Crustacea: Decapoda: Caridea: Alvinocarididae) from hydrothermal vents at the Lau Basin, Southwest Pacific, and a key to the species of Alvinocarididae» (PDF). Proceedings of the Biological Society of Washington. 122 (1): 52–71. doi:10.2988/07-28.1. Consultado em 14 de agosto de 2011. Arquivado do original (PDF) em 14 de março de 2012 
  4. Tomoyuki Komai & Michel Segonzac (2008). «Taxonomic review of the hydrothermal vent shrimp genera Rimicaris Williams & Rona and Chorocaris Martin & Hessler (Crustacea: Decapoda: Caridea: Alvinocarididae)». Journal of Shellfish Research. 27 (1): 21–41. doi:10.2983/0730-8000(2008)27[21:TROTHV]2.0.CO;2 
  5. Connelly, D. P.; et al. (10 de Janeiro de 2012). «Hydrothermal vent fields and chemosynthetic biota on the world's deepest seafloor spreading centre.». Nature Communications. doi:10.1038/ncomms1636. Consultado em 11 de janeiro de 2012 

Ligações externas

  • «Deep-sea shrimp caught on camera». BBC News. 30 de julho de 2008  Inclui vídeo de Mirocaris fortunata, Chorocaris chacei e Rimicaris exoculata.
Identificadores taxonómicos