Burrinha
Burrinha é um nome dado a folguedos populares tanto no Brasil como em Ouidah, no Benim, levada pelos Agudás escravos libertos que retornaram para a África. É uma forma antiga do Bumba meu boi que sobrevive há mais de 200 anos.[1]
Descrição dada na Bahia, por Manuel Querino, a Câmara Cascudo: "Burrinha é um indivíduo mascarado, tendo um balaio na cintura, bem acondicionado, de modo a simular um homem cavalgando uma alimária, cuja cabeça de folha-de-flandres produzia o efeito desejado. A música se compunha de viola, canzá e pandeiro. O divertimento semelhava-se aos dos ternos; a diferença, apenas, estava na presença da burrinha e nas chulas. Assim que tiravam os Reis entravam cantando:
- "Minha burrinha bebe vinho
- Bebe também aguardente;
- Arrenego deste bicho
- Que tem vício feito gente.
- Xô-xô, bichinho,
- Xô-xô, ladrão,
- Cadeado do meu peito.
- Chave do meu coração.
- Bota a burrinha pra dentro.
- Pro sereno não molhar.
- O selim é de veludo.
- A colcha de tafetá.
- Xô-xô, bichinho. etc."
Referências
- ↑ «Cultura da burrinha sobrevive há mais de 200 anos» (em inglês). British Broadcasting Corporation
Ligações externas
- «Burrinha». www.visiteabahia.com.br
- «Acupe - Burrinha de Ouro». www.obomdoacupe.com
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