Fátima Carneiro

Fátima Carneiro
Nascimento 1954 (70 anos)
Lubango
Cidadania Portugal
Alma mater
Ocupação investigadora, patologista, médica, professora
Prêmios
  • Mulheres na Ciência (2016)
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Fátima Carneiro (Lubango, Angola, 1954) é uma patologista portuguesa. Em setembro de 2018 foi eleita pela revista britânica The Pathologist a patologista mais influente do mundo.[1] É diretora do serviço de Anatomia Patológica do Hospital de São João, no Porto.

Biografia

Nasceu em Lubango, filha de professores, tendo um irmão.

Fátima Carneiro estudou medicina em Luanda, onde teve como docente Nuno Grande. Em 1975, devido à guerra colonial, instalou-se no Porto com os pais. [2] Concluiu a licenciatura em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto em 1978.[1]

É autora de mais de duzentos e cinquenta artigos científicos, tendo contribuído para o desenvolvimento de vários capítulos de livros de especialidade. Na carreira de investigação destaca-se o seu percurso enquanto investigadora do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (Ipatimup), agora integrado no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (I3S).[1]

Dirigiu vários projetos internacionais, tendo sido presidente da Sociedade Europeia de Patologia entre 2011 e 2013. Em Portugal coordenou a Rede Nacional de Bancos de Tumores em 2008, presidindo atualmente à Academia Nacional de Medicina Portuguesa.[1]

Fátima Carneiro atualmente dirige o serviço de anatomia patológica do Centro Hospitalar São João (Porto), sendo também professora catedrática na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).[1]

Distinção

Em setembro de 2018 Fátima Carneiro foi eleita pela revista britânica The Pathologist a patologista mais influente do mundo, ficando no primeiro lugar na lista de cem posições elaborada pela revista. A revista conduziu inquéritos durante dois meses a patologistas do mundo inteiro sobre quem consideravam ser merecedor do título. Fátima foi destacada pelas suas capacidades enquanto patologista e professora universitária, como perita na sua área de especialidade e pelas suas capacidades de liderança.[1][3]

Esta foi a segunda vez que a maior distinção da área da patologia foi atribuída a um português.[4] Em 2015 este título havia sido atribuído ao médico português Manuel Sobrinho Simões, também docente da FMUP, fundador do Ipatimup e patologista no Centro Hospitalar de São João (Porto), e que integra igualmente a lista da edição de 2018 edição da revista científica The Pathologist.[1]

Ainda em 2018 é reconhecida com o Prémio ACTIVA Mulheres Inspiradoras, na categoria Ciência.[5]

Em 2021 é-lhe atribuído o Prémio Femina, na categoria Mérito nas Ciências.[6]

Referências

  1. a b c d e f g PÚBLICO, Lusa e. «Fátima Carneiro eleita a patologista mais influente do mundo». PÚBLICO 
  2. Revista Sábado (31 de Janeiro de 2019). O impacto que os retornados tiveram no País.
  3. «Fátima Carneiro eleita a patologista mais influente do mundo». Notícias U.Porto. 20 de setembro de 2018. Consultado em 31 de agosto de 2021 
  4. RTP, RTP, Rádio e Televisão de Portugal -. «Patologista mais influente do mundo é portuguesa» 
  5. «Activa | Prémios ACTIVA reconhecem mérito de cinco mulheres inspiradoras». Activa. 30 de janeiro de 2019. Consultado em 30 de outubro de 2023 
  6. «Prémio Femina 2021 :: Premio-Femina». premio-femina8.webnode.pt. 18 de março de 2023. Consultado em 29 de outubro de 2023 
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