Pós-islamismo

O Pós-islamismo é uma tendência intelectual que surge no Irã e propõe a separação entre religião e política,[1] além da negação do Velayat-e faqih, princípio da indissociabilidade entre o religioso e o político.

Pensamento e consequências

Pode-se resumir seu pensamento básico como definido pelo intelectual Abdolkarim Soroush:

"A religião é um dom de deus. No entanto, interpretam-na os homens. A interpretação humana varia segundo as épocas e as circunstâncias; está influída pela história, sociedade, etc. Em consequência, se a religião é sagrada, o pensamento humano não o é. Portanto, temos o direito de não estar de acordo com o princípio da indissociabilidade entre o religioso e o político enunciado pelo Imam Khomeini”.

As consequências lógicas destas ideias são a negação do poder absoluto do direito islâmico e dos clérigos.

Fontes

  • FILALI-ANSARY Abdou, Repensar el islam: los discursos de la reforma, bellaterra, Barcelona 2004.
  • KHOSROKHAVAR Farhard y ROY Oliver, Irán, de la revolución a la reforma, bellaterra, Barcelona 2000.
  • MERINERO MARTÍN María Jesús, La República Islámica de Irán. Dinámicas socio políticas y relevo de las élites, Catarata, Madrid 2004.
  • PINTO, P. G. H. R. . Do Islã político ao Pós-Islamismo: Transformações e Trajetórias dos Movimentos Islâmicos dos séculos XIX e XX - XVI Semana de História: UNESP, Franca. 2006.

Referências

  1. ↑ Pós-Islamismo - texto de Merval Pereira, publicado n'O Globo, 28/04/2006, O País, p. 4.

Ligações externas

  • «Pós-Islamismo». - texto de Merval Pereira, publicado n'O Globo, 28 de abril de 2006, O País, p. 4. 
  • «Velayat-é faqih» (em francês) 
Ícone de esboço Este artigo sobre o islão é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.
  • Portal da política